Aquilo

Adorei a aula presencial com a professora Celina ela é espontânea, direta e esclareceu muitas dúvidas que tinha a respeito desta cadeira.

Disse- nos que a partir dos inventários percebeu que tínhamos a idéia que o teatro acontece apenas quando a partir de um texto criamos uma peça ou dramatização, mas argumentou que este seria o ultimo estágio de um caminho a percorrer até chegarmos a produção de um espetáculo. Primeiro devemos instrumentalizar o aluno para que possa expressar-se desenvolver habilidades através do jogo dramático.
Outro dia, folhando algumas revistas da Nova Escola, no horário do recreio encontrei um texto muito interessante chamado " Aquilo", conto de Ricardo Azevedo, extraído do livro Se Eu Fosse Aquilo...(publicado pela Editora Ática), ilustrado por Mauro Nakata para trabalhar o jogo dramático.

Realizamos a atividade em sala de aula ,afastamos as classes e ficamos com o centro livre, expliquei que leria a história e eles deveriam agir de acordo com os acontecimentos narrados . Os alunos foram muito espontâneos e divertiram-se muito e eu também. Quando terminamos perguntei sobre o que pensavam que fosse aquilo. Alguns não souberam responder, outros disseram que eram pessoas que queriam invadir uma cidade, que eram extraterrestres etc.
Perguntei se na vida real também acontecia como no texto, pessoas felizes com determinada situação enquanto outras não, a partir desta pergunta falamos sobre as relações na família ,escola e até na política.
Enfim, trabalhar o jogo dramático foi muito prazerozo, refletimos sobre questões importantes que envolvem as relações humanas !

Que som é este?

Visitando as páginas de Música dos Pólos no pbwiki encontrei esse slide numa delas e me surgiu a idéia de explorar diferentes instrumentos musicais. Desenvolverei o trabalho e em seguida publico o resultado.

Consciência Negra

Como abordar este tem com crianças de 1ª série?

Que tal pesquisar em:

http://www.comciencia.br/reportagens/negros/03.shtml
http://www.unificado.com.br/calendario/11/con_negra.htm http://www.plenarinho.gov.br/noticias/agencia_plenarinho/hoje-e-o-dia-da- consciencia-negra

E também ouvir histórias, imaginar, sonhar...tudo é possível quando se trata de literatura...

A literatura infantil é apresentada como elemento essencial na "Hora do Conto" . Um livro, previamente escolhido de acordo com os interesses de leitura das crianças em relação ao sexo, à faixa etária, é contado. As técnicas para esta atividade, podem ser variadas: história contada, com gravuras, com fantoches ou bonecos, dramatizada, etc. , o objetivo é único:despertar o prazer pela leitura, para então sedimentar o gosto, e formar o leitor.

Ouvir histórias é o início da aprendizagem para ser um leitor. É ainda "suscitar o imaginário, é ter a curiosidade respondida, é encontrar outras idéias para solucionar questões. É a cada vez ir se identificando com outra personagem (...) e assim, esclarecer melhor as próprias dificuldades ou encontrar um caminho para a resolução delas..." (ABRAMOVICH,1989: 17) Indo além, diria que ouvir histórias é viver, viver emoções diferentes como alegria, tristeza, medo, insegurança, tranqüilidade. É ouvir, sentir e enxergar com os olhos do imaginário.

É através de uma história que as crianças podem descobrir outros lugares, outros tempos, ficar sabendo de Geografia, Filosofia, Política. E o que é mais interessante, tudo isso aprendido com prazer. Mas, para que isso aconteça dessa maneira, é necessário saber contar a história, além de saber escolhê-la.

O livro escolhido para trabalhar com os alunos foi:

Na obra Menina Bonita do Laço de Fita, Ana Maria narra a história de uma menina negra e um coelhinho branco. O coelho, apaixonado pela cor da menina, tenta descobrir como ficar negro também.

A autora aborda a questão racial com graça e sutileza, levando o leitor a sucumbir diante da beleza da Menina. Transporta-o às princesas africanas. E, ao mesmo tempo, a torcer para que o coelho encontre resposta e solução para realizar o seu desejo.

O coelho é levado perceber pela mãe da Menina que cada um tem a cor herdada de seus antepassados.

Logo, ele entendeu que a solução seria casar-se com uma coelha "escura como a noite". É o que ele faz. Logo no início da narrativa encontra-se a descrição da Menina Bonita do Laço de Fita :

Era uma vez uma menina linda, linda.
Os olhos dela pareciam duas azeitonas
pretas, daqueles bem brilhantes.
Os cabelos eram enroladinhos e bem
negros, feito fiapos da noite. A pele era
escura e lustrosa, que nem o pêlo da
pantera negra quando pula na chuva.

Após a contação da história propus aos meus alunos uma interpretação oral do conto, refletimos sobre questões como preconceito e discriminação, mas antes perguntei se sabiam o significado destas palavras, eles disseram que não sabiam. Os informei que hoje era o dia da Consciência Negra e fiz uma explanação sobre este tema, eles pediram a palavra e contribuíram muito durante esta roda de conversas. Em seguida os alunos dramatizaram a história. Improvisamos um cenário com o que tínhamos na sala, o lixo virou a privada do coelho e eles se divertiram muito por isso .Repetimos a dramatização da história algumas vezes para que todos pudessem encenar, nem que fossem como filhotes do casal de coelhos o importante era participar. Para finalizar pedi que ilustrassem a parte que mais gostaram da história e formulassem uma frase a respeito. Confeccionamos um painel com os trabalhos e expomos na sala de aula.

Vou relatar um acontecimento relacionado a este tema ,em meados de julho uma aluna negra sofreu discriminação por parte de uma colega . A mãe da menina me disse que fazia alguns dias que a filha chorava para vir à escola, ela estranhou o comportamento dela e numa conversa a menina contou que uma colega estava chamando-a de negrinha. Fiquei muito chateada e decidi abordar essa questão. Na época trabalhei com a coleção Mig e Meg.

O preconceito existe é cultural e passa de geração para geração, por isso temos que trabalhar com este tema para mudar a concepção de algumas pessoas. Realmente temos características físicas diferentes , mas isso não nos torna melhor ou pior que os outros. Nosso caráter, nossas atitudes é que revelam o nosso valor.

Visita a Bienal

http://br.youtube.com/watch?v=FDRwrEHFIWw

A visita a 6ª Bienal do Mercosul foi muito interessante, pois pudemos conhecer as diversas formas de expressão dos artistas contemporâneos,o que nos abriu um leque de novas possibilidades para trabalharmos com nossos alunos.Participar desta proposta não só nos integra, proporciona momentos de troca de saberes, como também, evidência a proposta do curso Pead que representa envolvimento, desacomodação, inovação, modernização , para todas nós .

A sala que mais me chamou atenção foi a sala quatro, com os artistas Álvaro Oyazun com pinturas, desenhos e fotografias(stop motion), Madalena Átria com seu trabalho “Uma vez,cada vez,todas as vezes” feito de massinha de modelar que levou seis meses para ser concluído ; Peter Fichlie David Weiss com o Vídeo de reações químicas com duração de 30min., que aborda a idéia de repetição, processo ;Jozefina Guilisasti com extremo realismo pinta pássaros ,bibelôs .

No dia 16 decidi mostrar aos alunos o material pedagógico que recebemos na Bienal, mas antes de iniciarmos o trabalho pedi que os alunos respondessem a seguinte pergunta “O que é arte?” Poucos se arriscaram a responder, mas um dos meus alunos disse que eram os trabalhos de artes que fazemos, desenho, pintura,Completei a resposta dizendo que tudo é arte trabalhos com massinha, com tinta, com argila, com gesso com esculturas etc...

Então, passei a mostrar o material e deixei que observassem as obras e comentassem o que estavam vendo. Depois fiz uma breve explanação sobre o que de fato se tratava cada obra. Eles permaneceram atentos e participativos durante esta atividade. A seguir pedi que fizessem a releitura da obra que mais gostaram .Percebi que alguns sentiam-se inseguros para realizar a releitura então sugeri que criassem uma nova "Obra de Arte".

A obra As torres gêmeas, 2005 de Osvaldo Salermo foi a preferida da garotada para fazer a releitura. Outras artistas foram escolhidos, tais como, Daniel Bozhkov,Jorge Macchi, Francisco Matto,Waltercio Caldas.Os alunos utilizaram folhas de ofício e tinta para realizarem o trabalho e o resultado foi muiiito bom...

Festa à Fantasia

Em alusão ao “Dia da Criança” propus aos meus alunos (1ª série /9 anos) realizarmos um Baile à Fantasia com a intenção de valorizar o lúdico, o encantamento do universo infantil. Segundo os estudos que fizemos até o momento, o conhecimento de arte diz respeito a toda construção artística produzida pelo homem ao longo dos tempos, através das diferentes linguagens e meios, possuindo um código específico de representação e criação importantes de serem socializados pela escola. No dia da Festa fiquei feliz e surpresa com a criatividade e a empolgação dos meus alunos, pois caracterizaram-se lindamente: de Barbie , de princesas, de Branca de Neve, de Zorro, de caipira ,de bruxa, de Drácula , de soldado etc.Eles dramatizaram o tempo todo... A Branca de Neve não parava de desmaiar! Realizamos um desfile, diversas brincadeiras e lanchamos. Ao final de todas essas propostas os alunos ilustraram as fantasias que mais gostaram. No dia seguinte confeccionamos um painel com os trabalhos ,assim podemos observar as preferências de cada um.Como vimos, a Proposta Triangular é uma concepção contemporânea do ensino de artes visuais que pode ou não enfatizar a releitura nos processos de criação artística. Ao apresentarmos imagens para os alunos apreciarem é importante estabelecer um diálogo do aluno com a obra através das
experiências particulares de cada leitor. Cabe destacar, que durante a festa houve vários momentos de fazer artístico espontâneos, após realizar uma brincadeira com balões me deparei com uma aluna fazendo carinhas num balão ,daqui a pouco outra e mais outro... E várias carinhas surgiram nos balões expressando emoções diversas. Sem dúvida este foi um grande momento para mim e meus alunos! ]