sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Educação Jovens e Adultos


Na interdisciplina EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO BRASIL foi proposta a leitura do texto de Marta Kohl de Oliveira estudamos as características da linguagem e do pensamento do educando jovem e adulto e as especificidades culturais associadas à “educação de pessoas jovens e adultos”.

Refletir sobre como esses jovens e adultos pensam e aprendem envolve, transitar pelo menos por três campos que contribuem para a definição de seu lugar social: a condição de “não-crianças”, a condição de excluídos da escola e a condição de membros de determinados grupos culturais.

Acredito que uma das dificuldades dos alunos jovens e adultos em sala de aula e no cotidiano de suas vidas seja a sobrecarga de trabalho, pois após um dia cansativo ainda precisam ter forças para estudar, talvez muitos queiram estar com suas famílias, relaxar, fazer uma boa refeição etc. Porém estes alunos sentem a pressão, a cobrança da sociedade e precisam se encher de coragem para seguir adiante e superar as dificuldades socioeconômicas que se apresentam diariamente a essas classes menos favorecidas.

Estar ciente das peculiaridades que envolvem a educação de jovens e adultos é fundamental para se desenvolver um bom trabalho nesta etapa da educação. Valorizar os conhecimentos que os alunos possuem o grupo cultural a que pertencem torna a aprendizagem significativa. Apesar de não ter nenhuma experiência com EJA, gosto de trocar idéias com as colegas que atuam nesta área, outro dia conversávamos sobre a importância da afetividade no processo de construção do conhecimento, do diálogo, da oralidade explorada em momentos de trabalho coletivo, pois estes educandos trazem consigo marcas históricas de exclusão social e por isso a escola não pode ser um lugar frio e indiferente ao cotidiano destes alunos, mas sim acolhê-los e incentivá-los a ampliar seu mundo e evoluir .
Enfim a escola não pode ser um lugar indiferente a esta realidade cheio de regras e formalidades. Antes deve dar voz e vez a estes sujeitos mostrando-se sensível as suas limitações e incentivando-os a continuar e também ajudando-os a vislumbrar , a sonhar ,a transformar a realidade e lutar por um futuro melhor . Uma forma de fazer isso é valorizar suas conquistas e demonstrar a importância do letramento na vida social.

Referências Bibliográficas

OLIVEIRA, Marta Kohl de. Jovens e adultos como sujeitos do conhecimento e aprendizagem. Trabalho apresentado na XXII Reunião Anual da ANPEd, Caxambu, setembro de 1999.


LIBRAS



A partir da Leitura, LIBRAS: A Língua de Sinais dos Surdos Brasileiros e do filme “O menino Selvagem” proposto para estudo na Unidade 2 da Interdisciplina de Libras pude refletir sobre a importância da cultura surda ser valorizada e respeitada, pois conseqüências sociais da condição da surdez podem fazer com que o sujeito não consiga se comunicar com a sociedade de um modo geral, o que causa isolamento e discriminação para com essas pessoas. A linguagem permeia essa questão, uma vez que é através dela que nos diferenciamos dos outros animais e também assumimos a condição de Seres Humanos, já que é a forma principal de expressão de pensamentos e o instrumento psicológico essencial à constituição das funções psicológicas superiores (Vygotski, 1998). Nesse sentido, a aquisição de uma linguagem, no caso a de sinais, é de extrema importância para o desenvolvimento de uma identidade pessoal surda. Como ser social, os surdos precisam identificar-se com uma comunidade social específica e, com ela, interagir de modo pleno, ou seja, precisam de uma identidade cultural, e, para isso, não basta uma língua e uma forma de alfabetização, mas, sim, um conjunto de crenças, conhecimentos comuns a todos.

Portanto, o comportamento humano é uma conquista feita em consequência do processo da sua integração no meio cultural, que varia em função da sociedade a que pertence. O que nos torna reconhecidamente humanos depende de muito mais do que a nossa herança genética e biológica: é fundamental ter em conta as dimensões sociais e culturais para que possamos compreender os seres humanos e a forma como se comportam. Segundo Paulo Freire "Ninguém educa ninguém, ninguém se educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo." O Homem deve à cultura a capacidade de ultrapassar os seus instintos, tendo, desta forma, o poder de optar, escolher qual o caminho que considera melhor, segundo os valores em que se apóia, depois de analisar, racionalmente, a realidade.

Referências Bibliográfica

PAULO, Freire. Pedagogia do Oprimido. 9 ed., Rio de Janeiro. Editora Paz e Terra. 1981, p.79

RAMOS, Clélia Regina .LIBRAS: A Língua de Sinais dos Surdos Brasileiros. Artigo. Petrópolis - RJ. Editora Arara Azul.

PEDAGOGIA DE PROJETOS




A parti da leitura de HERNÁNDEZ; MONTSERRAT, 1998 e de documentários sobre práticas pedagógicas fundamentadas na perspectiva dos Projetos de Trabalho, que visava o conhecimento da origem da Pedagogia de Projetos e a compreensão da estrutura de planejamento dos Projetos de Trabalho, destaco como um dos aspectos positivos do trabalho por Projetos a coletividade, alunos e professores participam efetivamente do processo de produção do conhecimento. Este tipo de trabalho torna a sala de aula expressiva, convidativa a permanência e socialização dos alunos.
Além disso, a organização curricular visa à integração dos estudos, que se articulam a partir de um eixo de uma temática. A definição do tema é feita em conjunto com a turma o que torna o projeto significativo para os alunos e permite que façam conexões com seus conhecimentos e os estudos já realizados.
A Pedagogia de Projetos tanto na Educação Infantil como nos anos iniciais se assemelha pela globalização e significatividade pois estes dois aspectos são essenciais nos Projetos. As diferenças que podem ser apontadas são em relação ao tema do Projeto. Em cada nível e etapa da escolaridade, essa escolha adota características diferentes. Os alunos partem de suas experiências anteriores, da informação que têm sobre os Projetos já realizados ou em processo de elaboração por outras classes.
Em minha prática pedagógica costumo realizar alguns projetos e percebo o quanto é prazeroso para os alunos e para mim também. O trabalho é envolvente , pois alunos e professora estão comprometidos na busca do conhecimento tendo liberdade para desenvolverem um trabalho com criatividade, criticidade e flexibilidade.

REFERÊNCIAS
Filme 1: Vamos passear na Vassoura da Bruxa Onilda? – 12 min. – 1998
Filme 2: Possibilidades! ao meu redor – 13 min. - 2003
HERNÁNDEZ, Fernando; MONTSERRAT, Ventura. Os projetos de trabalho: uma forma de organizar os conhecimentos escolares. In: _____. A organização do currículo por Projetos de Trabalho. 5ª edição, Porto Alegre: Artmed, 1998.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Temas Geradores



Na Interdisciplina DIDÁTICA, PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO nos foi proposto conhecer as idéias básicas de Paulo Freire e a origem da proposta pedagógica por temas geradores e suas implicações nas práticas docentes com jovens e adultos além de refletir sobre a importância da ação dialógica e da contextualização do processo educativo na realidade do educando.

A partir das leituras realizadas acerca da observação de Paulo Freire em relação à alfabetização de adultos e a argumentação de Frei Betto frente a esta mesma situação compreendemos que Para Paulo Freire a educação não deve ser bancária, na qual o professor age como quem deposita conhecimento num aluno apenas receptivo. Para ele o objetivo da educação é a libertação, com o fim de promover o diálogo, de dar condições dos sujeitos envolvidos no processo refletirem sobre o mundo, perceberem sua situação de oprimidos e reconhecerem que são capazes de agir e transformar aquilo que necessita de mudanças.

Nesse sentido, dialogar não é impor idéias, mas sim dar vos e vez para que o pensamento flua através da linguagem e venha expressar idéias e opiniões ,venha promover a reflexão. Freire acreditava que o fundamento do diálogo é o amor, este sentimento nobre leva os indivíduos a deixarem de lado a prepotência e a dominação, para instaurar o respeito e comprometimento com a causa dos oprimidos.

Como educadores devemos entender que o ser humano é um ser histórico, que enfrenta situações-limites em um determinado tempo-espaço .O uso de temas geradores leva o educando a identificá-las ,refletir criticamente sobre elas o que é fundamental numa proposta de educação libertadora, uma vez que a conscientização da situação promove a percepção de que o trabalho humaniza a natureza e, ao realizá-lo, o homem e a mulher se humanizam , que o mundo desigual pode ser lido pela ótica do opressor ou pela ótica do oprimido, mas que não existe ninguém mais culto do que o outro, existem culturas paralelas, distintas, que se complementam na vida social.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BETTO, Frei. Cartilha “Meu livrinho”.Paulo Freire: a leitura do mundo. Fonte: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Profa/col_3.pdf, acesso em 01/12/2007.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 17ª Ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra.