segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Aprendizagens do Semestre 2007

As interdissciplinas Artes visuais,Literatura Infanto Juvenil e Aprendizagem, Ludicidade e Educação, Música na Escola, Seminário Integrador III e Teatro e Educação nos mobilizaram a colocar em prática muitas das prendizagens do semestre .
Através das propostas compreendi que na atividade lúdica, o que importa não é apenas o produto da atividade, o que dela resulta, mas a própria ação, o momento vivido. Possibilita a quem a vivencia, momentos de encontro consigo e com o outro, momentos de fantasia e de realidade, de ressignificação e percepção, momentos de autoconhecimento e conhecimento do outro, de cuidar de si e olhar para o outro, momentos de vida . Nesse sentido a interdisciplina Ludicidade e Educação contribui muito para aprimorar minha prática em sala de aula, através do estudo sobre "Jogo e a Educação dos Anos Iniciais",com a apresentação no Power Point "Jogar e Compreender". Neste material Piaget propõe quatro formas de classificação dos jogos: os jogos de exercício ,os jogos simbólicos,os jogos com regras e os jogos de construção e os aspectos importantes de cada um deles. Compreendi que na educação, o jogo pode significar para o sujeito uma experiência de real importância: a de entrar no mundo do conhecimento, de construir respostas por meio de um trabalho que integre o lúdico, o simbólico e o operatório, muitas vezes sem dar-se conta. É um espaço e um tempo para pensar, é um ócio digno. Outro aspecto a considerar é que quando propomos uma atividade lúdica ,prazerosa para o aluno o tempo passa tão rapidamente e eles permanecem envolvidos naturalmente.
Bibliografia:
AZEVEDO,R. SE EU FOSSE AQUILO. São Paulo,Editora Ática,1992

ABRAMOVICH,F. GOSTOSURAS E BOBICES. São Paulo.Editora Scipione LTDA.Ed.1994, pág.17

APRENDIZAGENS DO SEMESTRE 2009/2


Na Inerdisciplina Educação de Jovens e Adultos, identificamos as funções da EJA como expressa o Parecer 11/200 CNE/ CEB: a primeira função é a reparadora, que visa o resgate da dignidade dos educandos que não tiveram condições sócio/culturais de permanecer na escola, com o objetivo de elevar a auto-estima e proporcionar a entrada destes sujeitos no circuito dos direitos civis. A segunda é a equalizadora, que prima pela igualdade de oportunidades, pela reentrada no sistema educacional, bem como, a possibilidade de oferecer aos sujeitos novas inserções no mundo do trabalho e na vida social. A terceira função é a permanente, objetivando a qualificação de vida e a atualização dos conhecimentos. Assim percebemos a importância de promover a autonomia dos jovens e adultos para a manifestação de seus pensamentos, atualização de conhecimentos, desenvolvimento de habilidades e troca de experiências para que estes educandos tenham acesso a novas formas de trabalho e cultura.
Além disso, constatamos que o professor deve estabelecer um diálogo crítico e proporcionar ao aluno o contato com linguagens e discursos diversos que ampliem os seus horizontes e levem os educandos a confrontarem suas idéias, suas certezas e dúvidas a fim de desenvolverem uma sintonia, uma confiança compartilhada no compromisso com a melhoria da qualidade de vida humana. Essa proposta vem ao encontro do pensamento de Henry Giroux (1990) que defende a pedagogia crítica. Para o autor, olhar a educação contemporânea como uma forma de política cultural significa perceber as dimensões sociais, cultural, política e econômica da vida cotidiana dos envolvidos no processo de escolarização, sabendo que neste cenário se estabelecem relações de poder e de conhecimento.
Identificamos, também, que se faz necessário no processo de alfabetização da EJA considerarmos vários aspectos como a cultura local, os processos históricos de exclusão da comunidade escolar, o funcionamento psicológico dos educandos e a condição socioeconômica destes grupos. Nesse sentido, Paulo Freire nos deixa um legado que conduz a uma prática pedagógica dialógica e libertadora, que propicia ao aluno a construção de sua autonomia e criticidade, que possibilita sua inserção no mundo e sua emancipação social, pois, segundo Freire: “Desde o começo, na prática democrática e crítica, a leitura do mundo e a leitura da palavra estão dinamicamente juntas” ( FREIRE, 1986, p. 34). Entendemos que a escola, mesmo sendo um espaço formal, não pode ser um lugar indiferente às realidades que permeiam a vida de seus educandos e educadores. Sendo assim, ela precisa dar voz e vez a estes sujeitos, mostrar-se sensível às suas limitações, incentivá-los, ajudá-los a transformar suas realidades e lutar por um futuro melhor em busca de seus sonhos, valorizando suas conquistas.
Na interdisciplina Linguagem e Educação vimos que se faz necessária a ressiginificação de determinadas práticas pedagógicas– reconhecidas como tradicionais, construtivistas e letradas para formas de letramento e alfabetismo, contextualizadas culturalmente. A escola deve reconhecer o caráter pedagógico da TV, da literatura infantil, dos jogos, dos artefatos culturais, como lápis, canetinhas, papel, cadernos, borracha, livrinhos de história, jogos com letras, palavras, histórias e números, etc.,dos portadores de texto e de todos esses materiais que fazem parte do cotidiano de algumas crianças, cujo uso não depende só do domínio da leitura e escrita, mas envolve o domínio e uso de novas tecnologias, bem como desenvolvimento de destrezas e habilidades exigidas para a sua exploração. Entender que a interação com tais artefatos culturais não se restringe apenas a grupo sociais economicamente favorecidos, pois o acesso a tais materiais e recursos se tornam cada vez mais facilitados . Não devemos subestimar o conhecimento prévio de nossos alunos com práticas restritas de alfabetização e letramento.
Daí a importância de iniciarmos o planejamento das aulas cientes de que o aluno já traz consigo experiências de letramento vivenciadas na família, na igreja, enfim em situações diversas de leitura e escrita no convívio social (KLEIMAN,2006) .Devemos partir de alguns questionamentos : O que meus alunos já sabem? O que ainda não conhecem? O que, como e quando ensinar? Com base nas respostas, podemos propor atividades desafiadoras que façam sentido para os estudantes. O planejamento pede acompanhamento constante, pesquisa e criatividade na sua elaboração para que desperte motivação e interesse dos alunos. Desta forma o ato de planejar direciona as ações dos sujeitos, é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das atividades didáticas em termos da sua organização e coordenação em face dos objetivos propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino aprendizagem.
Em relação aos dos estudos da Interdisciplina de Libras compreendi que a Língua Brasileira de Sinais é como um idioma, é a comunicação pelas mãos, é uma linguagem natural, que é captada pela visão, pelas expressões faciais e pelos movimentos corporais e que também é um dos aspectos extremamente importantes da cultura surda ,para interação entre pessoas . A linguagem é a forma principal de expressão de pensamentos e o instrumento psicológico essencial à constituição das funções psicológicas superiores (Vygotski, 1998). Nesse sentido, a aquisição de uma linguagem, no caso a de sinais, é de extrema importância para o desenvolvimento de uma identidade pessoal surda. Como ser social, os surdos precisam identificar-se com uma comunidade social específica e, com ela, interagir de modo pleno, ou seja, precisam de uma identidade cultural, e, para isso, não basta uma língua e uma forma de alfabetização, mas, sim, um conjunto de crenças, conhecimentos comuns a todos.
A Pedagogia Surda defende a existência da LIBRAS em sala de aula, bem como a criação de espaços para os surdos desenvolverem sua identidade e cultura. Desta forma percebemos que os surdos precisam intensificar a sua luta pelo reconhecimento da cultura surda, pela valorização das escolas para surdos e pelo direito de ter professores surdos atuando junto aos alunos.
Enfim, ao refletir sobre as aprendizagens deste semestre entendemos que o comportamento humano é uma conquista feita em conseqüência do processo da sua integração no meio cultural, que varia em função da sociedade a que pertence. Não só, a nossa herança genética e biológica, nos torna reconhecidamente humanos, como também as dimensões sociais e culturais. São estas dimensões que nos permitem compreender os sujeitos e a forma como se comportam. Segundo Paulo Freire "Ninguém educa ninguém, ninguém se educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo." O Homem deve à cultura a capacidade de ultrapassar os seus instintos, tendo, desta forma, o poder de optar, escolher qual o caminho que considera melhor, segundo os valores em que se apóia, depois de analisar, racionalmente, a realidade.
REFERÊNCIAS
CURY, Carlos Roberto Jamil. Políticas públicas e história da EJA. Parecer CEB 11/2000.

DALLA ZEN, Maria Isabel; TRINDADE, Iole Faviero. Leitura, escrita e oralidade como artefatos culturais. In: XAVIER, Maria Luisa M. (Org.). Disciplina na escola: enfrentamentos e reflexões. Porto Alegre: Mediação, 2002.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. São Paulo: Cortez, 1986.
__________.Conscientizando – Teoria e Prática da Libertação. São Paulo, Moraes, 1980.

__________Pedagogia do oprimido. São Paulo, Paz e Terra, 1996.

GIROUX, Henry. Alfabetização e a pedagogia do empowerment político. In: FREIRE, Paulo e MACEDO, Donaldo. Alfabetização: leitura da palavra, leitura do mundo. 3. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990. p. 1-27.

LANE, Harlan. A Máscara da Benevolência: a comunidade surda amordaçada. Lisboa: Instituto Piaget, 1992.

OLIVEIRA, Marta Kohl de. Jovens e adultos como sujeitos do conhecimento e aprendizagem. Trabalho apresentado na XXII Reunião Anual da ANPEd, Caxambu, setembro de 1999.
VYGOTSKY, Liev Semiónovitch. A Formação Social da Mente: o Desenvolvimento dos Processos Psicológicos Superiores. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

Aprendizagens do Semestre 2009/1

No semestre 2009/1 assistimos o filme “Entre os muros da escola”, no qual vimos e em muitos colégios mundo afora é um grande desinteresse por parte de alguns alunos em relação aos conteúdos e disciplinas . É necessário repensar o currículo e os métodos de ensino . É preciso aceitar que as crianças chegam à escola com sua própria bagagem cultural não podemos ignorar seus conhecimentos prévios e experiências de vida. A realização de propostas que abordem a diversidade étnica e cultural da comunidade escolar , promovem a reflexão e a constatação de que somos especiais, cada um com suas peculiaridades e que podemos nos divertir e aprender muita coisa juntos. De acordo com Brasil “O grande desafio da escola é conhecer e valorizar a trajetória particular dos grupos que compõem a sociedade brasileira [. . .] e respeitar as diferentes formas de expressão cultural” (BRASIL, 1996) .
Além disso, a escola deve estimular a criticidade, a criatividade a socialização do estudante em formação para que ele se desenvolva e exerça sua cidadania sendo capaz de influenciar e contribuir para que ocorram as transformações necessárias na sociedade. Para Piaget(1989) o desenvolvimento é “uma equilibração progressiva, uma passagem contínua de um estado de menor equilíbrio para um estado de equilíbrio superior.Nesse sentido os questionamentos e desafios propostos pelo professor no decorrer das atividades levam o aluno a refletir sobre os conceitos prévios , de forma ,significativa e motivadora. No material de Epistemologia Genética de Tania B. I. Marques vimos também que as estruturas já construídas garantem a continuidade, porém, reformuladas graças às novas assimilações. Os novos elementos a serem assimilados constituem-se na novidade que obriga o sujeito a realizar acomodações das estruturas já existentes. Essas novidades, contudo, só podem ser assimiladas na medida em que houver estruturas de assimilação, o que se constitui no elemento de continuidade.
O filme também resulta em uma observação sobre a perda do controle sobre as condutas de controle, com imagens nas quais os professores reclamam da perda de suas autoridades ou reagem a essa perda com autoritarismo. É nessa organização de embate de forças internas da classe e dos alunos com a instituição escolar que poderemos localizar a procura da transformação do caos em cosmos. Nenhum cosmos com leis e lógicas sólidas é possível em Entre os Muros da Escola. Para o público brasileiro, a imagem de alunos que questionam a autoridade do professor e até mesmo são agressivos possibilita outra discussão. Trata-se de um retrato que talvez não seja diferente do que vemos em algumas escolas brasileiras, em que é comum o relato de desrespeito ao mestre.
Em relação aos princípios morais , estamos colhendo os frutos de uma geração que não soube educar seus filhos , não soube dizer não na hora certa ou não tinha moral para fazer isso. Estamos vivendo um tempo em que os próprios adultos continuam com um comportamento egocêntrico. Geram filhos, mas não se preocupam em educá-los com amor, justiça e verdade. Princípios que deveriam nortear a educação de todos e que deveriam ser aprendidos na família para terem continuidade na escola. Além da família, outros fatores também contribuem para o aumento da violência e agressividade, tais como, a droga, a criminalidade, a prostituição e até mesmo os programas e reportagens que são vinculados na mídia. Certamente, esta discussão é muito ampla, pois o Brasil é um território multicultural.
Sabemos que é redundante falar que o problema está na família. No entanto,a família é a célula mestre da sociedade, por isso crescer num lar bem estruturado é fundamental para que a criança seja amada e apresente um desenvolvimento harmonioso de suas habilidades e competências, e também no processo de socialização.Além disso, demonstrar e aplicar em nossa prática pedagógica princípios éticos e morais para então levar os alunos a construírem essa aprendizagem nas relações professor/aluno e aluno/aluno, pois Piaget (1987) concluiu em suas pesquisas que o espírito evolui do fenomenismo, que se situa a meio caminho entre o corpo e o meio externo, até à experimentação ativa, que penetra no interior das coisas (interacionismo), descartando a concepção empirista e inatista como explicações da construção do conhecimento nas pessoas. A escola tem assumido quase que exclusivamente a responsabilidade na construção desta aprendizagem, por isso é fundamental nos capacitarmos para realização desta tarefa.
Além disso, devemos propiciar momentos de encontro, atualização e, conseqüentemente, construção/produção coletiva do conhecimento, a favor de uma Educação para Todos, efetivamente inclusiva, a partir do olhar sobre a nossa diversidade cultural. De acordo com estudos realizados, na Interdisciplina Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais a Educação Infantil é a fase ideal para iniciar a inclusão. Embora não exista a obrigatoriedade por lei da universalização dessa etapa, o Ministério da Educação trabalha com a diretriz de ampliar o acesso a ela para toda a população. A base dessa decisão é a Constituição de 1988, que garante o direito à escola. A idéia reforçada pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, de 1990, e pela Lei de Diretrizes e Bases a educação Nacional, de 1996. A Declaração de Salamanca, de 1994, relata a eficácia da inclusão em escolas comuns. Estudar na rede regular é, portanto, um direito. As escolas preferencialmente no ensino regular deverão providenciar uma série de recursos e técnicas adequadas a cada tipo de comprometimento para o desempenho das atividades escolares.Atendimento especializado faz uso da tecnologia assistiva direcionada a vida escolar do aluno. A inclusão é a oportunidade para que de fato a criança com deficiência física não esteja a parte realizando atividade condicionadas e sem sentido. A escola por sua vez deve exercer seu papel transformador ,enfrentar os novos desafios e preparar seus alunos para serem cidadãos socialmente responsáveis ,os princípios básicos da civilidade estão em respeitar e garantir direitos a todos os cidadãos .
Portanto, a escola plural é a escola do futuro é essa que estamos construindo no presente que aceita e respeita a diversidade. Nossa concepção de ensino e aprendizagem deve ser mudada da mesma forma que deve ser revisado o modelo de educação excludente. O professor deve proporcionar o melhor de sua prática de ensino para que a escola seja um ambiente que desafie a todos.

Referências

BAPTISTA, Claudio. Texto: Inclusão e seus sentidos: entre edifícios e tendas.Claudio Baptista In: BAPTISTA, Claudio ;Inclusão e escolarização: múltiplas perspectivas. Porto Alegre: Mediação, 2006.
BRASIL. Lei Nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. (com redação atualizada) –item relativo à educação Especial.
BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Parâmetros Curriculares nacionais. Brasília, 1996.
BRASIL. Constituição Federal de 1988 - item relativo à Educação Especial.
DVD sobre Atendimento Educacional Especializado.
MARQUES, Tânia Beatriz Iwaszko. Epistemologia Genética.Texto digitado.
PIAGET, Jean. Introdução psicológica à educação internacional. In: PARRAT, S.; TRYPHON,A. (org). Jean piaget. Sobre a Pedagogia: textos inéditos. São Paulo: Casa do Psicológico, 1998.
------------. O desenvolvimento mental da criança.In:Seis estudos de psicologia.Rio de Janeiro:Florense ,1986.
-----------. O juízo moral na criança. São Paulo: Summus, 1994.
Picetti, Jaqueline Santos. Significações de Violência na Escola: equívocos da compreensão dos processos de desenvolvimento moral na criança? (Texto digitado)

A ESCOLA DO PONTO DE VISTA DE UM ESPAÇO DE CONVÍVIO, CONFLITOS TÍPICOS DA IDADE ADULTA E DESAFIOS NA RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO (Semestre 2008)

No semestre cinco constatamos desenvolvimento intelectual do jovem e do adulto se dá a partir da interação entre os sujeitos envolvidos no processo de construção do conhecimento e o objeto de estudo. As estruturas cognitivas dos indivíduos vão se desenvolvendo desde o nascimento e servem de base para as etapas seguintes. O estímulo,as experiências vividas influenciam no processo de construção do conhecimento. Segundo a professora Tânia Beatriz Iwaszko Marques, o adulto, tal qual a criança e o adolescente, não aprende ouvindo respostas prontas. Aprende resolvendo problemas que dizem respeito ao mundo físico ou social em que vive e lançando hipóteses sobre as transformações que devem ser implementadas.
As relações que se estabelecem entre o professor e o aluno influenciam no processo de aprendizagem. O professor deve compreender que nem todo adulto está no período operatório formal, mas que serão suas características cognitivas que nos mostrarão em que período de desenvolvimento se encontra. A partir da idade, apenas, não podemos fazer afirmações definitivas sobre o seu nível de desenvolvimento. Enfim, precisamos superar as dificuldades e compreender o raciocínio que o outro está realizando, precisamos superar nosso egocentrismo, presente em todas as idades e nos colocarmos no lugar do outro tentando entender suas dúvidas e hipóteses.
Amo minha profissão, gosto da possibilidade que temos de lançar desafios, problematizar.Promover a busca por respostas.Incentivar os alunos a pensarem sobre o mundo em que vivem.Gosto ainda mais de aprender com eles promover a troca de saberes. Porém existem alguns desafios na relação professor-aluno que nos entristecem tais como, a falta de comprometimento, de interesse. É revoltante quando preparamos uma aula com todo carinho e por indisciplina de alguns os demais alunos perdem o foco na aprendizagem. Por trás destes alunos rebeldes, indisciplinados, desinteressados sempre há uma família desestruturada.Com estes pais realmente é difícil ter contato.Ás vezes eles até vem a escola, mas o problema continua, pois eles não sabem como resolver. Percebe-se que a educação dos filhos não é prioridade. Não acompanham, não dão amor, não orientam. Querem se isentar da responsabilidade de educar seus filhos.
Contudo, acredito que temos que nos manter firmes buscando a valorização profissional através da formação continuada, reivindicando nossos direitos cumprindo nossos deveres dignamente. Em decorrência ao processo de profissionalidade docente, o professor “recorre a saberes da prática e da teoria”. A prática como “fonte de sabedoria” torna a “experiência ponto de reflexão”; enquanto que a teoria é necessária como “fundamento da pesquisa e da reflexão”, mas que não pode ser entendida “como elemento de aplicação linear na prática, como queria a perspectiva positivista”. A “relação da teoria com a prática é sempre mediada pela cultura”, e a ação educativa dá-se contextualizada no “espaço/tempo onde se realiza”.
Portando, com base nos aspectos abordados, a escola do ponto de vista de um espaço de convívio, conflitos típicos da idade adulta e desafios na Relação professor- aluno deve ser reavaliada, no sentido de buscar, na participação de toda comunidade escolar, através do conhecimento e diálogo coletivo as respostas para a construção de uma escola pública de qualidade.


REFÊRENCIAS

BRASIL. Constituição. Constituição da República Federativa do Brasil de 05 de
outubro de 1988 (com a redação atualizada).

_______. Lei N. º 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e
Bases da Educação Nacional.
CHARLOT ,Bernard . PROJETO POLÍTICO E PROJETO PEDAGÓGICO. Texto apresentado em forma de conferência no 2° Fórum Mundial de Educação, Porto Alegre (RS), em 22 de janeiro de 2003.
CUNHA, Maria Isabel da. O lugar da formação do professor universitário: a condição profissional em questão. In: CUNHA, Maria Isabel da (Org.). Reflexões e práticas em pedagogia universitária. Campinas, SP: Papirus, 2007. (Coleção Magistério: formação e trabalho pedagógico).
GOMES , Maria Beatriz . BAIRROS , Mariângela. REGIMENTO ESCOLAR E PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: ESPAÇOS PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA ESCOLA PÚBLICA DEMOCRÁTICA .Texto organizado para uso didático da Interdisciplina Organização da Escola de Ensino Fundamental,do Curso de Graduação em Pedagogia - Licenciatura, da Faculdade de Educação, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 1ª Edição – 2006-2009.
MELLO, Elena Mª Billig .CONCEPÇÕES SOBRE A PROFISSÃO DOCENTE. Apresentação Powerpoint organizado para uso didático da Interdisciplina Organização da Escola de Ensino Fundamental,do Curso de Graduação em Pedagogia - Licenciatura, da Faculdade de Educação, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 1ª Edição – 2006-2009.

A ESCOLA COMO INSTITUIÇÃO PÚBLICA, SUA ORGANIZAÇÃO E GESTÃO(Semestre 2008)

A partir dos estudos realizados nas Interdisciplinas Org. e Gestão da Escola e Org. do Ensino Fundamentas compreendi que os princípios da gestão democrática são descentralização, autonomia e participação. O Regimento Escolar e o PPP da escola promovem uma organização escolar democrática, pois nascem do movimento ação-reflexão-ação, que busca renovar a forma de organização do trabalho pedagógico, procurando ampliar, aprofundar, organizar debates e reflexões sobre a política e diretrizes de ação prática educativa da escola. O Regimento diz respeito à operacionalização do PPP, ou seja, como a instituição pretende organizar as ações previstas no PPP, ele deve apresentar sentido coerência ética hierarquia e realidade escolar. Nessa realidade deverá conter os mais variados aspectos, sociais administrativos e pedagógicos.
Além disso, através das colocações das colegas no Fórum durante semestre 2008/2, e dos vídeos assistidos e de minhas experiências pessoais ficou claro que a Gestão Democrática é uma das formas de se organizar a escola e conseguir a qualidade na educação pública. Democracia na escola significa diálogo, discussão coletiva. A comunidade deve ter voz e vês para expor suas idéias, não apenas ouvir ou aceitar precisa opinar, dizer o que quer mudar ou o que deseja que continue. Mas para que esta participação seja coerente a comunidade deve ocupar os espaços da escola, a equipe diretiva deve oferecer informações aos atores, pois precisam conhecer aquilo sobre o que vão decidir. Na gestão democrática o processo é mais longo existem mais pessoas e idéias envolvidas ,por isso se demora um pouco mais para se chegar a um denominador comum, mas tudo isso vale a pena, pois com mais atores envolvidos no processo o produto final será mais rico e vai atender as necessidades de todos e também será mais legitimado.
No entanto, a democracia nas escolas é algo novo, as pessoas devem aprender a ser sujeito de suas vidas em ações individuais e coletivas. Devemos compreender que o relacionamento entre os pares não é necessariamente harmonioso, as opiniões divergem em relação ao destino dos recursos materiais e financeiros, mas a transparência e o respeito ao outro, contribuem para a construção de uma escola de qualidade e de significado para todos.
Finalmente, a Gestão democrática tem que ser construída a partir de mecanismos como a eleição de diretores, as eleições de representantes escolares de alunos, de pais e funcionários. Apesar de alguns fatores prejudicarem o exercício da democracia tais como o autoritarismo, o descaso, a timidez, a falta informação não podemos desistir.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Postagem referente aos três primeiros semestres do curso PEAD



Relembrar os três primeiros semestres do curso Pead fez com que um filme passasse em minha mente e pudesse relembrar que a princípio retomar os estudos me pareceu algo bom ,que eu poderia fazer tranqüilamente sem muito esforço. Porém não foi exatamente isso que aconteceu o conhecimento é algo arrebatador envolvente que desequilibra e mexe com a gente.
Nesse contexto na Interdisciplina Desenvolvimento e Aprendizagem sobre o Enfoque da Psicologia I vimos que segundo Piaget a construção do conhecimento ocorre quando acontecem ações físicas ou mentais sobre objetos ,que provocam o desequilíbrio e fazem com que as estruturas que já possuíamos em nosso cérebro busquem assimilar e reorganizar as novas informações para construir o conhecimento. Neste período como aluna do curso tive muitos desafios que me desacomodaram e promoveram a aprendizagem, pude sentir na pele o processo de construção do conhecimento e entender melhor meus alunos.

Um dos desafios que vivi foi o uso das novas tecologias , que representou a incluão digital para muitas de nós ,este desafio trouxe novos olhares e saberes pertinentes a prática pedagogia.Compreendi que a educação se relaciona dialeticamente com a sociedade. Apesar de estar vinculada aos determinantes histórico-sociais, ela também poderá constituir-se em um instrumento importante no processo de transferência social. A função da educação é elevar o nível de consciência do educando a respeito da realidade social que o cerca, a fim de capacitá-lo a atuar no sentido de sua emancipação social, econômica, política e cultural.
Além disso ao identificar os reflexos do curso em minha prática pedagógica como professora constato que tive algumas crenças que caíram por terra , ao longo destes semestres, como por exemplo, "Alfabetizar é fácil,é algo que não requer muito esforço." Com este pensamento não pretendia menosprezar o trabalho de minhas colegas alfabetizadoras, na verdade eu nunca havia alfabetizado e desconhecia o processo de construção e compreensão do sistema da escrita pelos alunos. No ano de 2007 tive a oportunidade de lecionar em uma 1ª série e a experiência foi enriquecedora. Alfabetizar foi um desafio e tanto, mas um desafio que supera qualquer dificuldade pelo prazer que proporciona. Nesse contexto na Interdisciplina Fundamentos da Alfabetização ,nos apropriamos dos estudos realizados por Emília Ferreiro e Ana Teberosky sobre a Psicogênese da Língua Escrita , a partir dos quais pude compreender o processo de construção do conhecimento. De maneira eficaz, a abordagem psicogenética de alfabetização permitiu ao professor alfabetizador – não só de crianças – uma visão da singularidade do processo de cada alfabetizando, quando da apropriação do conhecimento pelo sujeito. As particularidades do processo de construção da escrita são próprias de cada indivíduo e são marcadas pelas hipóteses de escrita/níveis de conceptualização; conflito cognitivo; erro construtivo. Segundo Ferreiro (1985), os níveis de escrita e as diversashipóteses elaboradas pelo alfabetizando no processo de construção, estão inseridas nos três grandes períodos de construção supracitados. As produções escritas são marcadas pelas hipóteses cognitivas subjacentes a essas produções. Por essa razão, as produções que antecedem à escrita alfabética não correspondem à escrita padrão3 porque, ali, nenhum ou nem todos os fonemas das sílabas estão representados. Desse modo, embora a produção seja correta do ponto de vista da hipótese que a gerou, por não corresponder à escrita padrão é considerada erro, mas construtivo. Por exemplo, todas as escritas présilábicas – sejam elas indiferenciadas diferenciadas intra e inter-figuralmente – são consideradas “erro” sob a perspectiva da escrita alfabética padrão; todavia, considerando a construção cognitiva/hipótese que a gerou, esse erro passa a ser considerado construtivo.

Enfim esses três primeiros semestres nos propiciaram conhecimentos essenciais para uma formação de qualidade como a que a UFRGS oferece.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Elaboração do TCC



Ao iniciarmos o segundo semestre de 2010 voltamos nossas energias para a elaboração do trabalho de conclusão do curso Pead. Na primeira aula presencial da interdisciplina Seminário Integrador realizamos ,em grupos,a análise de alguns TCCs e pudemos perceber alguns aspectos fundamentais em sua estrutura.

Entendemos que o trabalho será realizado a partir das vivências obtidas durante o Estágio supervisionado as quais motivarão a elaboração do problema, pergunta cuja resposta dá origem a pesquisa. Devemos considerar que o trabalho terá leitores diversos por isso há necessidade de contextualizar a pesquisa e apresentar aporte teórico sobre o tema.

No desenvolvimento realizaremos um diálogo entre teoria e prática apresentando evidências que embasem nossas afirmações. Outro aspecto extremamente importante na elaboração do TCC é a relação de parceria entre orientador e orientando primando pela qualidade do trabalho e construção do conhecimento.

Enfim além dos aspectos abordados também devemos considerar as normas da universidade na digitação do trabalho.