terça-feira, 28 de abril de 2009

Conhecimento x Aprendizagem




Inicialmente acreditava que o conhecimento é um saber que aprimora nossa forma de ver o mundo e nos faz evoluir. Após a leitura compreendi que o conhecimento é construído pelos sujeitos a partir das estruturas já existentes em seu cérebro. Além disso, entendi que o professor não transmite o conhecimento ao aluno ; o aluno é quem o constrói a partir da sua ação sobre o objeto de estudo e a interação com o meio físico e social. Esse processo descrito por Piaget consta em meu trabalho.

Em relação à aprendizagem inicialmente afirmei que ela ocorre com a participação ativa do sujeito sobre o objeto de estudo e a interação com o meio físico ou social. Após a leitura posso acrescentar que a aprendizagem deve ser significativa, o professor deve considerar o conhecimento prévio, a cultura, a história de vida do aluno no processo de aprendizagem. Professor e aluno aprendem juntos há uma troca de saberes inerente ao processo. O professor deve, não só, lançar desafios, problematizar situações para que o aluno se motive e aprenda, como também, valorizar o ser humano, respeitar as diferenças, promover a criatividade e o espírito crítico. Desta forma, contribuir para a formação de cidadãos participativos, conscientes de sua responsabilidade na transformação da sociedade.


Além disso, para Piaget(1989) o desenvolvimento é “uma equilibração progressiva, uma passagem contínua de um estado de menor equilíbrio para um estado de equilíbrio superior. No material de Epistemologia Genética de Tania B. I. Marques vimos que as estruturas já construídas garantem a continuidade, porém, reformuladas graças às novas assimilações. Os novos elementos a serem assimilados constituem-se na novidade que obriga o sujeito a realizar acomodações das estruturas já existentes. Essas novidades, contudo, só podem ser assimiladas na medida em que houver estruturas de assimilação, o que se constitui no elemento de continuidade.

Mosaico Étnico-Racial


A alegria não chega apenas no encontro do achado,
mas faz parte do processo da busca.
E ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura,
fora da boniteza e da alegria.

Paulo Freire

Plano de Ação


¢ Para realizar o mosaico étnico-racial com minha turma de 1º ano solicitei que todos trouxessem uma foto sua e da sua família .
¢ No dia da confecção do mosaico expomos as fotos sobre as classes e os alunos puderam circular pela sala observando-as, solicitei que analisassem as semelhanças e diferenças nas fotos.eles olhavam as fotos com interesse e curiosidade, faziam comentários sobre o que viam.

Reflexões da Turma


¢ As famílias tem diferenças na cor da pele, número de integrantes;
¢ Nem sempre os familiares são parecidos entre si (pais e filhos), às vezes os filhos podem ser parecidos com os avôs;
¢ Às vezes as pessoas podem gostar das mesmas coisas,ou não: música, comida;
¢ As famílias da nossa turma são formadas por pessoas brancas e negras;
¢ Os índios são todos negros, mas o cabelo do negro é encaracolado e o do índio não é.
¢ A maneira como somos, as nossas características dependem de quem são nossos pais ,ou seja , são herdadas através dos nossos antepassados.


Enfim, sabemos que o preconceito e a discriminação existem em nossa sociedade, por isso este momento de socialização, no sentido de construir e assimilar as diferentes culturas e etnias que compõem este grupo de alunos é extremamente importante para que possamos perceber e respeitar as peculiaridades de cada um. Desta forma, aprender a respeitar as diferenças, pois: “O grande desafio da escola é conhecer e valorizar a trajetória particular dos grupos que compõem a sociedade brasileira [. . .] e respeitar as diferentes formas de expressão cultural” (BRASIL, 1996)


BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Parâmetros Curriculares nacionais. Brasília, 1996.

Enfoque I :O Eu e o outro, diferenças ,ancestralidade.

Esta sou eu, aos trinta e sete anos no passeio que realizamos à Ecoland no final do ano 2008 na Escola Bem-Me-Quer. .Meus cabelos revelam a minha afro descendência herdada através de minha mãe, alias eles sempre foram motivo de preocupação, primeiro por parte de minha mãe que na minha infância preferiu cortá-los, como justificativa dizia que eu ficaria sempre “penteadinha”. Essa atitude dela em relação ao meu cabelo foi motivo de tristeza para mim por um bom tempo, pois me sentia diferente das outras meninas chegando até a ser confundida com um menino. Depois na minha adolescência tive muitos conflitos, até me descobrir; encontrar-me e aceitar meus cachos. Gosto do meu corpo,de minhas pernas grossas e bumbum avantajado também herança de mamãe. Algumas coisas me incomodam, os seios que revelam as duas maternidades, o meu sorriso que necessita de uma transformação. Os sinais causados pela exposição excessiva ao sol,as olheiras as rugas...!
Na verdade, me amo do jeitinho que sou! Cada marca externa revela minha trajetória de vida. As rugas, os cabelos brancos que teimam em aparecer representam momentos de superação, de aprendizado e de conquistas.
A etnia de meu pai é alemã, dele além da cor de pele herdei a garra de um povo imigrante desbravador,valente e criativo.

FÓRUM: A CONCEPÇÃO CRÍTICA DA MORALIDADE

Lendo as postagens no fórum constatei que o meu grupo de trabalho realizou um excelente debate ,as argumentações e contra argumentações promoveram reflexões a respeito da decisão do o antropólogo, que assumindo a postura de não influenciar na cultura dos nativos se eximiu das responsabilidades que esta mudança de pensamento causaria na vida deles. Permaneceu focado em seu trabalho sem comprometer-se. Na verdade, acho que Claude talvez tivesse medo da reação deste povo, pois a novidade sempre causa certo desequilíbrio. Acredito que para ele foi mais cômodo agir assim, sem se envolver, sem revelar a realidade, sem ajudá-los a refletir sobre ela.
Outra questão é, por que não ajudar os nativos a evoluir, será que o mais correto é deixá-los na ignorância. Até que ponto é mais importante não influenciar na cultura, do que revelar a verdade e trazer novas informações a este povo. O antropólogo francês preferiu manter a neutralidade, deixando-os permanecer na ignorância, sujeitos a futuras invasões de homens brancos com status de “Desuses”, que certamente influenciarão na cultura local.
Portanto a partir das reflexões a respeito do dilema do antropólogo francês e do debate no fórum concluí que a atitude de Claude foi equivocada, sua relação com os nativos era estritamente profissional, seu objetivo era pesquisar hábitos e costumes sem influenciar no modo de viver ou pensar do povo. Contudo agiu incorretamente ao validar e perpetuar uma mentira que poderá causar dano ao povo futuramente.


Recomeço


Encontrei este texto na internet, e me identifiquei com as idéias do autor, por isso inicio minhas postagens deste semestre com ele, convido a todos a refletirem sobre este tema .



Começo, Meio, Fim e Recomeço.



Tratamos começo, meio, fim e recomeço como algo inesperado, mas nada é mais constante na jornada humana. Sempre que pensamos terminar alguma coisa, iniciamos outra. Acredito não existir vácuo entre o término e o início.
No começo tudo se resume a motivação e expectativas. Interagimos com o mundo e os seus atores com leveza e crença. Então, começamos a questionar e a duvidar. Chamamos a superação desses questionamentos e dúvidas de aprendizado.
Considero essa fase como sendo a mais incrível das nossas vidas. Tudo se apresenta como novo e desafiador. Planejamos e agimos pensando em benefícios futuros, que podem ou não acontecer. Temos que acreditar que nossas expectativas se confirmarão. É isso que nos provê a vontade e esperança para prosseguir.
No meio temos a possibilidade de reavaliar nossos objetivos, o que normalmente não fazemos. Abraçamo-nos tão forte com nossas convicções que não conseguimos abandoná-las facilmente. Seguimos na busca daquilo que acreditamos desejar.
No fim começamos a perceber que teremos que lidar com as nossas frustrações. Não podemos ligar os pontos (erros e acertos) olhando para o futuro. Só podemos fazê-lo vendo o passado. Fazemos escolhas que não tem um resultado imediato, mas os seus efeitos se evidenciam depois.
Tão certo quanto isso é a resistência que temos ao menor sinal de mudança. Resistimos porque é mais confortável permanecer onde estamos ao ter que trocar essa condição pela incerteza. Se nos fosse dada a opção, é provável que tivéssemos escolhido ficar na segurança e conforto do útero materno a ter nascido.
Para nossa sorte opções assim não nos são oferecidas. Por melhor que seja a vida uterina, ela tem limite de tempo definido, assim como na vida temos o seu limite - a morte. Mesmo que nossa crença nos faça não temê-la, não queremos morrer.
Por toda vida procuraremos pela sensação de segurança. Essa sensação gera certezas que podem nem de fato existir. Ter segurança é uma necessidade humana apenas superior as necessidades fisiológicas como propõe o psicólogo americano Abraham Maslow. Acima delas estão as necessidades sociais, auto-estima e no topo da Pirâmide de Maslow encontramos a auto-realização. Dessa perspectiva, chegar ao topo não é uma escalada, mas uma construção iniciada da sua base.
O recomeço é uma verdade evidente e negá-lo tem o mesmo efeito de ser contra a lei da gravidade. Embora possamos fazê-lo, nada muda. Vejo-o como oportunidade de evitar erros e cometer outros, de ter e repetir acertos e de novos aprendizados.
Penso que o recomeço seja como viajar numa estrada já conhecida por onde já passamos com pressa sem ter prestado atenção nas paisagens e sinalizações. Por mais longa que pareça essa viagem, ela começa com o primeiro passo. Enquanto ele não for dado, permanecemos no mesmo lugar.
Pessoalmente, concordo com Steve Jobs, CEO da Apple e Pixar, que diz que no recomeço o peso de ser vitorioso é substituído pela leveza de ser novamente um iniciante. Devemos apreciar melhor a paisagem e observar mais as sinalizações ao longo da estrada. Pode ser que alguma paisagem nos interesse mais e ou ainda que alguma sinalização nos leve para outro destino.


Rodrigo Campos
(http://rodrigofields.myplaxo.com/)